Narciso acha feio o que não é espelho (ou porque as empresas são "a cara" dos seus donos)
De acordo com diversos estudos de psicologia, gostamos daquilo e daqueles que nos fazem sentir bem conosco. O que isso tem a ver com o título do texto? Tudo.
Empresas em geral nascem pequenas. O(A) fundador(a) utiliza na empresa métodos e processos para atender seus clientes de acordo com suas crenças e valores, acreditando que esta é a melhor forma de fazê-lo. Contrata inicialmente algumas pessoas que se parecem com ele(a), não no sentido físico (apesar de algumas vezes até nisso), mas sim nos valores e atitudes desta pessoa. Ele(a) gosta da pessoa pois ela se parece com ele(a), e por isso a contrata.
E, caso a empresa continue a crescer, estes primeiros contratados, se demonstrarem realmente estar "alinhados" com as crenças do(a) fundador(a), serão promovidos a cargos de chefia e, adivinhem? Quando forem contratar colaboradores para suas áreas, também procurarão por pessoas que se pareçam com eles. Assim se forma a famosa Cultura Empresarial. Com o tempo, as pessoas de uma empresa começam a se parecer muito umas com as outras, para o bem e para o mal. E possuem, em geral, a "cara" da empresa em que trabalham. Novatos que por acaso tenham escapado ao filtro Narciso na hora da contratação, logo perceberão que não se encaixam bem naquela empresa, e ficarão tristes e desmotivados. Em breve, procurarão algum outro lugar onde se sintam melhor (e mais valorizados, já que seus chefes os terão em alta conta, também pelo filtro Narciso).
Em minha experiência como consultor, pude ver diversas vezes como é difícil mudar a cultura de uma empresa, pois ela em geral está impregnada em todos os seus funcionários e processos.
E isso é, por si só, um problema? Claro que não. É aí que entra em cena o Planejamento Estratégico, que deve ser feito de forma a fazer com que a cultura da empresa seja utilizada da melhor forma possível. Mas isso já é assunto para outro post.
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