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A aquisição do LinkedIn pela Microsoft. Coisa de maluco ou de gênio?


Há uma semana, a Microsoft anunciou a aquisição do LinkedIn por US$ 26,2 bilhões, EM CASH!

Para a grande maioria dos mortais, uma pergunta vem logo à cabeça: isso faz sentido?

Para tentarmos responder isso, precisamos começar pelo básico: Aquisição de uma empresa é uma estratégia de crescimento plenamente válida. Empresas podem adquirir outras empresas para aumentar sua participação em mercados onde já atua ou, no caso da Microsoft x LinkedIn, para diversificar seus negócios para outros mercados.

A Microsoft, com certeza, viu na aquisição uma boa oportunidade para entrar no setor de redes sociais profissionais, amplamente dominado pelo LinkedIn.

A questão real é: o preço foi justo?

Essa é uma boa pergunta e, com certeza somente o tempo responderá. Até lá, podemos apenas especular.

O preço que uma empresa paga por outra é composto de duas partes: uma parte é um investimento financeiro e a outra é o investimento estratégico.

Em relação ao investimento financeiro, os erros são raros. Métodos de precificação financeira, como fluxo de caixa descontado e outros, já são ferramentas comprovadas e estabelecidas para tal, gerando pouca ou quase nenhuma polêmica quanto a sua utilização. Basicamente, você vai pagar o quanto a empresa geraria de lucros nos próximos anos, caso não fosse adquirida. E este valor é, via de regra, independente de quem está comprando.

Já quanto ao investimento estratégico, o buraco é (muito) mais embaixo. O valor estratégico do investimento depende completamente da empresa que está adquirindo a outra. No caso, depende, em suma, de quanto de dinheiro à Microsoft vai ser capaz de gerar a mais agregando o LinkedIn aos negócios dela, e de quanto o LinkedIn será capaz de gerar de dinheiro a mais por estar agora ligada à Microsoft.

Esta conta está longe de ser simples de fazer e está longe de ser uma ciência exata. Além de diversas estimativas de receita, também devem ser levadas em conta estimativas das despesas que a integração das empresas acarretará.

Em suma, o investimento estratégico é, acima de tudo, um investimento de risco. Algumas aquisições mal-sucedidas ficaram publicamente históricas (lembra da Aol?), mas outras, talvez mais mal-sucedidas ainda, foram varridas para debaixo do tapete.

Aquisições constituem um tema fascinante e extenso do planejamento estratégico. E contam com a vantagem de existirem diversos exemplos públicos para serem estudados.

Daqui a alguns meses já começaremos a saber se a aquisição terá valido ou não a pena para a Microsoft, que em períodos recentes já cometeu erros bastante caros, como no caso da Nokia. E precisa acertar agora.

É esperar para ver.

PS: Este blog publica regularmente assuntos sobre Planejamento Estratégico. Caso queira se aprofundar mais no assunto, veja, por exemplo, Se (sua empresa) não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve! e É realmente possível (e necessário) convencer alguém que seu projeto é importante?. Veja também mais posts sobre gestão no blog da Accretio.

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